A Assetz Expert Recruitment lança o Assetz Talks, evento semestral que visa explorar um pouco da perspectiva do headhunter, dar insights sobre recrutamento e selecão e reunir executivos de Finanças de empresas de diferentes setores e portes. Durante o bate-papo, os sócios-fundadores da consultoria, Felipe Brunieri e Guilherme Federico Malfi, compartilharam os pontos comportamentais e técnicos mais demandados pelo mercado na busca por um CFO e como se comportou o recrutamento de Executivos Financeiros durante o ano de 2019.
A primeira edição, realizada ontem (30) no Spaces Berrini, teve como tema “O que os headhunters e o mercado buscam em um CFO” e contou com a participação especial de dois membros do Conselho Consultivo da Assetz: Luciana Andreotti, Head de RH da 99, e Augusto Ribeiro, VP de Finanças da Iochpe Maxion, além de cerca de 50 profissionais seniores da área de Finanças.
Augusto Ribeiro destaca, no início da conversa, que cada vez mais as empresas buscam, em seus Executivos, características comportamentais que contribuam de fato para o desenvolvimento da companhia. Segundo o VP, “o CFO guarda-livros do passado, que não atua próximo ao business, está em baixa. Falar não e cortar custos é relativamente fácil, o grande ponto é saber como gerar novos negócios para aumentar a receita, a eficiência na operação e suportar o CEO em grandes decisões”.
Falta de objetividade, dificuldade em enxergar o todo, instabilidade, falta de senso de prioridade e relacionamento interpessoal estão entre as características que mais reprovam candidatos em um processo de seleção. Como dica, Luciana reforça a importância do networking “são em eventos como esse promovido pela Assetz que aprendemos a trocar experiências de forma objetiva, sair da nossa zona de conforto e começar a pensar fora da caixa”.
Ainda dentro das softs skills, os headhunters destacam que as competências mais demandadas pelo mercado em um CFO são liderança de equipe, “acabativa” – Felipe brinca com o termo para exemplificar a importância de tirar do papel e executar as iniciativas e os projetos propostos-, resiliência e capacidade de influenciar e de criar alianças. Novamente sobre a visão de negócio, Luciana Andreotti ressalta que “os CFOs que almejam a cadeira de CEO precisam ser consultivos e entender o negócio com profundidade para não ficarem para trás”.
Em relação às competências técnicas, Guilherme Malfi reforça a importância da proficiência em inglês para o mercado de trabalho. “Sempre quando algum candidato me questiona sobre sua formação, oriento para que cuide do seu inglês primeiro”. Suporte às áreas de negócio (commercial e supply chain finance, FP&A), base contábil, experiência na projeção e na gestão de fluxo de caixa, conhecimentos de tecnologia e liderança de projetos estratégicos também estão entre as habilidades técnicas mais procuradas pelos empregadores.
Os participantes questionaram os mediadores sobre os desafios de atuar em empresas familiares e multinacionais. Augusto compartilhou um pouco de sua história e tranquilizou os profissionais dizendo que “as oportunidades estão em todos os lugares”. Já Luciana faz um alerta: “Antes de aceitarem uma proposta, procurem saber todas as informações possíveis sobre a companhia: questionem, façam as perguntas certas e procurem por pessoas que conheçam a organização e que já trabalharam no local”.
Ao fim da conversa, os headhunters ressaltam que há diferentes perfis de executivos e que o profissional certo para uma determinada posição varia muito de acordo com o segmento, a origem, a estrutura acionária e o porte da empresa. Felipe e Guilherme deixam como recado final a importância de fomentar o network quando não se precisa dele para que se possa acionar a sua rede de relacionamentos quando precisar.