Por Paytrack
A mesma transformação digital que impactou profundamente empresas de todos os setores bateu à porta dos CFOs. Nos últimos anos, lideranças financeiras têm sido instadas a se reinventar para desempenhar um papel mais estratégico do que nunca, tendo a tecnologia como aliada. Se antes bastava ter uma experiência técnica e fiduciária, hoje a demanda é por um parceiro de negócios capaz de contribuir ativamente para a companhia, com foco na eficiência operacional e na geração de valor.
O que se espera de um CFO?
No dia a dia das corporações, o novo CFO é aquele que reconhece o valor do uso de dados financeiros para desafiar o negócio e contribuir para a tomada de decisões. É a pessoa que age como um catalisador para impulsionar a transformação da organização e conecta objetivos estratégicos com a meta financeira, oferecendo apoio à alta liderança a partir de um olhar baseado em evidências, não em palpites. O novo CFO entende a importância de praticar uma gestão financeira verdadeiramente estratégica.
Segundo a pesquisa O Perfil do CFO no Brasil, conduzida em 2023 pela Assetz em parceria com o Insper, 40% dos CFOs consultados listaram o interesse em se tornarem CEOs como o próximo passo na carreira e, também, atuar como conselheiro de outras empresas (19%). E mais: o maior legado que este profissional pretende deixar nas organizações é justamente uma área de Finanças mais estratégica, voltada ao negócio e que dê suporte às demais áreas na tomada de decisão, desejo de 23% dos respondentes.
M&A: exemplo de atuação estratégica
Um dos momentos mais importantes de uma atividade empresarial é a decisão por uma fusão ou aquisição (M&A). Na missão de unir operações ou separá-las de forma eficiente, mitigando riscos e ampliando potencialidades, cada etapa é crucial e precisa ser analisada cuidadosamente antes, durante e depois de concluído o negócio. Diante desse desafio, a tecnologia apoia o processo de tomada de decisões mais eficientes e precisas.
Ter uma gestão financeira completa e organizada, com visibilidade clara da base de custos, é o sonho de consumo em uma operação complexa como esta. Afinal, quando a oportunidade bate à porta, quem está com a “casa arrumada” larga na frente. Mais do que ter uma visão das despesas operacionais, o caminho para chegar lá passa pelo acesso à informação granular de todo o fluxo financeiro do negócio, algo que só o uso de tecnologia pode entregar por meio de análises detalhadas e consistentes.
Voltando no tempo: lembra como era uma diligência tradicional antes de uma fusão ou aquisição? Havia a necessidade de se debruçar sobre um calhamaço de papéis para examinar documentos e fazer verificações manuais demoradas para reunir pareceres de conformidade. Hoje, a automatização permite a análise de grandes volumes de dados em pouco tempo para identificar padrões; contudo, para isso, as respectivas políticas precisam estar parametrizadas, para que seja possível visualizar irregularidades ou fraudes. O mesmo vale para a identificação de eventuais desafios regulatórios e legais envolvidos na fusão entre duas empresas.
Além disso, softwares são capazes de fazer a integração do ERP e RH com a solução de gestão de despesas, a conciliação de faturas via inteligência artificial e a automação de envio ao ERP. Eles conseguem também automatizar e prevenir riscos no adiantamento de dinheiro a colaboradores para despesas. Além disso, algumas plataformas, como a Paytrack, unificam o processo de pedido de viagens, possibilitando o controle de acordos da empresa nas viagens corporativas. Tudo isso conta a favor em um eventual processo de M&A.
Reflexões dos CFOs para o futuro
O cenário que se apresenta aos CFOs é tão desafiador quanto empolgante. A oportunidade de levar a organização a outro patamar por meio do controle de custos é uma jornada contínua que exige uma série de adaptações e visão holística do negócio – do entendimento de como tirar proveito máximo da tecnologia ao cuidado com a experiência dos colaboradores, passando por uma sintonia fina com outras áreas. Confira a seguir algumas das reflexões que devem ser feitas por lideranças do departamento:
º Mudança cultural
Ao entender que a transformação do departamento financeiro é constante, é preciso rever processos e evoluir continuamente com o apoio da tecnologia, tendo dados como parâmetro para boas decisões. Quanto maior for o ganho de eficiência, mais engajados serão os colaboradores na missão de adotar uma gestão financeira estratégica e melhores serão os resultados para a empresa com equipes de alta performance. Colocar todos “na mesma página”, com transparência sobre os mecanismos adotados para o controle de custos, é fundamental.
º Automatizar para quê?
Não basta recorrer à tecnologia apenas pelo hype. O uso de softwares que fazem a gestão de despesas deve estar diretamente ligado à estratégia de eficiência operacional e à consequente redução de desperdícios ou mitigação de fraudes. O acesso à informação granular torna isso possível, enquanto a análise de dados apoia a identificação de tendências e oportunidades que permitem ao CFO ter a atuação estratégica que se espera dele.
º A satisfação dos usuários importa
Não subestime o poder de um processo ruim para desengajar os colaboradores. Tarefas manuais, como preencher planilhas, são morosas, ineficientes e podem facilmente cair em desuso quando profissionais deixam a empresa ou a liderança da equipe muda de mãos. O uso da tecnologia é um antídoto contra isso, ao passo que dá autonomia, transparência e agilidade. Afinal, ninguém precisa ter mais um trabalho na hora de reportar despesas.
O gerenciamento eficaz dos custos operacionais, maximizando valor e reduzindo desperdícios, é essencial para buscar vantagens competitivas em um contexto de mercado acirrado pela transformação digital e será ainda mais importante para alçar o CFO ao status esperado dele no futuro: ser um parceiro do negócio ativo a partir de um olhar integrado que vai muito além da experiência técnica.