O executivo chega para integrar operações, unificar processos, elevar a maturidade financeira da companhia e acelerar decisões estratégicas na região

Com uma carreira construída em operações multiculturais e ambientes de alta complexidade, Jose Perez chega à Turner & Townsend, consultoria global especializada em gestão de projetos, programas e portfólios, com o desafio de fortalecer a atuação da área financeira da companhia na América Latina, uma região estratégica e em contínua expansão.

Natural do México, Jose ocupou anteriormente o cargo de CFO LATAM na multinacional canadense Colliers. Durante cinco anos, atuou nos mercados do México, Colômbia, Argentina e Brasil, liderando programas de governança, risco e eficiência financeira. O executivo afirma que essa vivência moldou sua abordagem de negociação: “Na América Latina, somos muito diversos. Não se negocia com um argentino da mesma forma que com um mexicano. São perspectivas diferentes que impactam decisões. Aprendi isso na prática.”

Em 2022, o Jose mudou-se para São Paulo para aprofundar seu conhecimento nos mercados da região. Na sequência, liderou o processo de venda das operações brasileiras após uma mudança na liderança regional da companhia em que atuava, experiência que reforçou sua visão sobre a complexidade do ambiente latino-americano. “Um dos principais desafios do escopo regional é lidar com riscos, especialmente aqueles decorrentes de mudanças político-econômicas, e apresentá-los aos investidores”, reforça.

Para enfrentar o desafio da gestão de riscos, o Diretor Financeiro afirma que precisará se aprofundar ainda mais nos conhecimentos tributários. “Na América Latina, as mudanças fiscais são intempestivas e alteram as regras do jogo. Uma das coisas que mais me ajudou no Brasil foi cursar uma pós-graduação em Direito Tributário. Aqui, entender a dinâmica dos impostos e suas regras é fundamental”, destaca.

Na Turner & Townsend, Jose reconhece que herda uma equipe estruturada e processos sólidos, mas identifica uma prioridade: fortalecer a conexão entre Finanças e as áreas de negócio, integrando de forma consistente as operações dos países da região. “Quero entregar uma área integrada, madura e preparada para tomar decisões rápidas e fundamentadas. Preciso fazer com que as áreas conversem para que, dentro de Finanças, possamos gerar insights com credibilidade e agilidade. E isso não é uma competência financeira — é uma competência política”, afirma o Diretor. Além da integração das operações, o executivo também reforça que a transformação tecnológica, com foco em implementações e melhorias de sistemas, também será um pilar essencial da sua agenda.

Ao refletir sobre as competências primordiais para a posição, Jose destaca uma habilidade que considera decisiva: a prudência. “Nesta cadeira, você fala com muita gente, enfrenta muita solidão e precisa tomar decisões rápidas para evitar problemas jurídicos, reputacionais ou de caixa. Nessas situações, a prudência é a chave. Quando a integridade da empresa está em jogo, às vezes, a melhor decisão é dizer ‘não’”. Para ele, o exercício de atuação prudente, que resulta em decisões maduras, se constrói com experiência e persistência: “Na primeira vez, nada funciona. Mas depois de 500 tentativas, você melhora muito. Tomar decisões é prática: talvez a primeira seja difícil, mas lá na frente é muito mais fácil”.

Ao combinar conhecimento multicultural, cautela, tecnologia e capacidade de articulação, o executivo chega preparado para elevar o nível de maturidade da área e apoiar a expansão da companhia na América Latina. Sua liderança aponta para um movimento claro: construir uma função financeira mais estratégica, colaborativa e capaz de responder com agilidade aos desafios — e às oportunidades — de uma região em constante transformação.